
Está detido o homem suspeito de ter assassinado brutalmente o primo, identificado como Peter, de 39 anos, na madrugada do último domingo, no bairro de Maxaquene, cidade de Maputo. A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou a detenção, enquanto o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) recolheu como prova uma catana com vestígios de sangue, encontrada no quintal da residência onde ocorreu o crime.
Segundo familiares, o suspeito, conhecido como “Pai”, terá sido visto na véspera a afiar a catana, enquanto proferia ameaças: “Ele disse claramente que queria sangue”, relatou Paula Miguel, irmã da vítima. Na mesma noite, terá ainda ameaçado a companheira, gerando uma discussão acesa.
A hipótese de o suspeito ser encaminhado para tratamento psiquiátrico está a causar revolta na família da vítima. “Isso revolta-nos, porque ele pode fugir e voltar a matar. Queremos justiça. Se tiver de acabar a amizade com a mãe dele por causa disto, que assim seja”, declarou Paula.
Vários familiares partilham o mesmo receio e descrevem o homem como uma ameaça à comunidade. Referem um histórico de comportamento violento, incluindo fugas da cadeia, mesmo algemado, bem como ligações a furtos e agressões.
A chefe do quarteirão, que acompanhou de perto o caso, confirmou os antecedentes problemáticos do suspeito. “Saltava muros, subia aos telhados, roubava e agredia pessoas. Já o tinha expulsado, mas a família pediu clemência. Agora estragou tudo. Se ele voltar, vamos agir. Não podemos viver com medo”, afirmou.
A líder comunitária, que já perdeu um filho para o crime, garantiu ainda que, se o suspeito for libertado, irá apresentar queixa à Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com testemunhos recolhidos, após o crime o suspeito terá tentado apagar os vestígios, varrendo o local por volta das duas da madrugada. O corpo de Peter terá sido parcialmente queimado. O SERNIC confirmou que a catana encontrada foi utilizada no homicídio.
Para além da dor da perda, a família enfrenta agora dificuldades para realizar o funeral. Acrescentando que não receberam qualquer apoio da família do suspeito. A mãe do alegado homicida terá apenas prometido levar membros da igreja para uma oração.
Num ambiente de consternação e insegurança, a família da vítima apela a uma resposta firme por parte das autoridades. A eventual transferência do suspeito para uma unidade psiquiátrica é vista como um risco para a comunidade.
Enquanto o processo segue os trâmites legais, os familiares procuram reunir os poucos meios disponíveis para garantir um enterro digno a Peter. A comunidade, por sua vez, aguarda com expectativa o desfecho de um caso que chocou Maxaquene e reacende o debate sobre segurança, justiça e responsabilização criminal

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