Num esforço conjunto para mitigar os impactos das alterações climáticas no sector agrário, a Emose, a Fidelidade Ímpar e a Hollard lançaram esta semana o “Seguro Climático da Semente”. Este projecto inovador visa proteger os agricultores das províncias de Niassa, Cabo Delgado e Tete contra fenómenos climáticos extremos, como secas severas ou excesso de chuva.
Financiado pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA), o mecanismo opera através de um regime de co-seguro entre as três seguradoras. Em caso de sinistro, os agricultores serão indemnizados com novas sementes certificadas, assegurando a continuidade da produção. A partilha de risco é feita da seguinte forma: 52,5% cabe à EMOSE, 32,5% à Fidelidade Ímpar e 15% à Hollard.
Para a EMOSE, este seguro indexado representa “um mecanismo estratégico de resiliência climática”. “Protege o agricultor de pequena escala e garante a sua permanência na actividade, mesmo perante os choques climáticos mais severos. É assim que reforçamos a segurança alimentar”, afirmou a seguradora em comunicado.
A visão é partilhada pela Fidelidade Ímpar. Célia Ferreira, Chief Operating Officer da companhia, sublinhou que “contribuir para a segurança alimentar do país implica disponibilizar soluções a quem está na base da produção”. “Este projecto oferece uma resposta prática, reforçando a resiliência das famílias que dependem da agricultura”, considerou.
Por seu lado, Israel Muchena, Managing Director for Agricultural Insurance da Hollard Seguros, enfatizou o alcance social da iniciativa: “É uma medida crítica para reduzir a vulnerabilidade dos pequenos agricultores, um segmento que garante a segurança alimentar de Moçambique”.
Para além da protecção financeira, o projecto incorpora uma forte componente de educação, destinada a sensibilizar as comunidades agrícolas. Os objetivos passam por consciencializar os agricultores para a importância do seguro agrícola e para a aquisição de sementes certificadas, vistas como um activo primário para uma produção robusta e sustentável.
O Seguro Climático da Semente entrou em vigor no passado dia 1 de Dezembro e estará activo até 31 de Março de 2026, um período que coincide com a principal época agrícola no país.
Com esta aliança, as três seguradoras dão um passo decisivo no apoio às comunidades rurais mais vulneráveis, promovendo uma agricultura mais resiliente e protegida. A iniciativa representa, igualmente, um contributo significativo para a inclusão financeira no sector primário moçambicano.

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