
Daniel Chapo e Luís Montenegro presidiram à assinatura de mais de 20 acordos na VI Cimeira Binacional, no Porto. Novo programa de cooperação para 2027-2031 começa a ser preparado
No final da VI Cimeira Binacional, que decorreu no Porto, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou que as relações bilaterais com Portugal vivem um "momento soberano" e "excelente". As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa conjunta com o Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, no término de uma Visita de Trabalho marcada por avanços concretos.
Cooperação estratégica em alta
Chapo começou por agradecer o convite e sublinhou a importância do diálogo "cordial e fraterno" mantido. De acordo com o chefe de Estado moçambicano, apesar de três anos sem uma cimeira ao mais alto nível, a cooperação "continuou a florescer". Como prova disso, referiu que cerca de 80% do Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2022-2026 já está implementado. Em consequência, os dois governos decidiram iniciar desde já a preparação do próximo PEC, que vigorará de 2027 a 2031.
Mais de 20 acordos assinados
O ponto alto dos trabalhos foi, contudo, a assinatura de mais de duas dezenas de instrumentos jurídicos. "Não é comum a assinatura de mais de duas dezenas de acordos... numa única visita!", destacou Chapo, classificando o momento como uma "revelação indubitável" de uma visão comum entre os dois governos. Entre as áreas abrangidas estão a economia, indústria, energia, saúde, cultura, turismo e transformação digital.
Anúncio de linha de crédito de 500 milhões de euros
Um dos anúncios mais significativos foi o do estabelecimento de uma linha de crédito de cerca de 500 milhões de euros pelo Governo português. Segundo o Presidente moçambicano, este mecanismo visa "alavancar o investimento do sector empresarial português em Moçambique". Chapo mostrou-se "positivamente impressionado" com a adesão do sector privado de ambos os países, visível no Fórum de Negócios que se seguiu, considerando-a um "sinal inequívoco de confiança".
Apoio na luta contra o terrorismo e formação
Noutro domínio, Chapo agradeceu explicitamente o apoio português no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, no contexto da Missão da União Europeia, salientando que oficiais portugueses têm estado no comando. Paralelamente, destacou os "progressos assinaláveis" na cooperação em Defesa e Segurança, nomeadamente através de bolsas de estudo e treino para oficiais moçambicanos.
Cooperação histórica e convite
Defendendo a natureza histórica e inquebrável da ligação entre os dois povos, o Presidente afirmou que a responsabilidade dos governantes é "consolidá-la e ampliá-la". Por fim, Chapo reiterou um convite oficial para que o Primeiro-Ministro Luís Montenegro visite Moçambique, para ver in loco os resultados da cooperação e do investimento.
A visita terminou com um agradecimento pela "calorosa recepção" na cidade do Porto, fechando um capítulo que ambos os líderes consideram decisivo para o futuro das relações luso-moçambicanas.

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