Paz ou Caos: Mondlane Adverte sobre Resultados Eleitorais

A política em Moçambique tem esta do marcada por tensões e disputas, especialmente após as eleições gerais de 9 de outubro de 2024. Venâncio Mondlane, candidato presidencial, expressou sua preocupação com a legitimidade dos resultados eleitorais divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Mondlane, que não reconhece os resultados apresenta dos, está aguardando a validação pelo Conselho Constitucional (CC), cuja decisão é esperada para o dia 23 de dezembro. Essa situação gera incertezas sobre a estabilidade política e social do país.

O candidato enfatizou que a proclamação dos resultados pelo CC será um divisor de águas para Moçambique. Ele declarou que:

“Se tivermos verdade eleitoral, vamos para a paz.”

“Se tivermos mentira eleitoral, vamos levar o país a cair para o caos.”

Essas afirmações sublinham a gravidade da situação, onde a confiança nas instituições democráticas é crucial. Mondlane alerta que a forma como a juíza presidente do CC, Lúcia Ribeiro, se pronunciar poderá determinar se o país avança em direcção à tranquilidade ou ao precipicio

Na sua intervenção, Mondlane fez um apelo à população para que no dia 23 de dezembro, todas as actividades em Moçambique sejam paralisadas. Ele sugere que:

“Toda a actividade em Moçambique deve parar.”

A população deve ficar em casa para ouvir o acórdão do Conselho Constitucional.

Esse chamado à acção reflecte uma tentativa de mobilização pacífica e de conscientização sobre a importância do evento, destacando a necessidade de um posicionamento colectivo diante da decisão judicial. Além das manifestações, Mondlane anunciou um período de quatro dias de luto, a ser iniciado na quinta-feira. Durante esse período, ele pediu que a população:

Faça uma pausa nas actividades diárias entre 13:00 e 13:15 para cantar o hino nacional em homenagem aos “heróis da democracia moderna”, referindo-se às 130 vítimas mortais das recentes contestações sociais desde 21 de outubro. Mondlane também pediu que a população se vista de preto ou branco, dependendo da sua tradição de luto, como forma de demonstrar respeito e solidariedade.

O candidato também destacou a importância de direcionar esforços de apoio à população de Cabo Delgado, que foi severamente afectada pelo ciclone Chido. Ele mencionou que, apesar da situação política, a prioridade deve ser prestar solidariedade àqueles que estão enfrentando dificuldades devido a desastres naturais, evidenciando a necessidade de uma resposta humanitária.

A situação actual em Moçambique é delicada e cheia de incertezas. As declarações de Venâncio Mondlane não apenas reflectem preocupações sobre a legitimidade das eleições, mas também a necessidade de uma resposta colectiva da população. A decisão do Conselho Constitucional será crucial para determinar o futuro político do país, e a forma como a população reagirá a essa decisão poderá influenciar a estabilidade social e política em Moçambique nos próximos meses. A expectativa é alta, e a sociedade civil está em um esta do de alerta, aguardando o desfecho deste importante capítulo na história política do país.

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