
Maputo acolhe, esta segunda-feira, o lançamento do Barómetro Anual sobre o Estado das Mulheres em Moçambique, uma iniciativa do Observatório das Mulheres. O evento, que juntou parceiros, distritos de intervenção e entidades nacionais, marcou o ponto alto de um extenso processo de análise da situação das mulheres no país.
A sessão de abertura foi conduzida por Quitéria Guirengane, Secretária Executiva da organização, que começou por agradecer o apoio fundamental dos parceiros de cooperação, nomeadamente a Embaixada da Suécia, o CESC Aliadas com Financiamento do Canadá e a OXFAM. "Este momento é o culminar de um longo processo de revisão", afirmou Guirengane, explicando que o barómetro serve como "instrumento para medir a temperatura das mulheres" em Moçambique.
Entre as personalidades presentes, destacou-se a participação da Sua Excelência, Ivete Alane, Ministra do Trabalho, Género e Acção Social, sublinhando a importância do diálogo entre a sociedade civil e o governo.
Um dos momentos altos da cerimónia foi a participação especial da especialista brasileira Beatriz Jaciolo, doutorada em violência política de género e articulação intersexual global. A sua presença foi justificada pela vasta experiência do Brasil no enfrentamento à violência, tendo Jaciolo liderado, no Senado brasileiro, a criação do mapa nacional da violência. "Ela liderou a instalação do mapa nacional da violência no Brasil e uma série de iniciativas de produção de dados que orientam a criação de leis e políticas", referiu Quitéria Guirengane, agradecendo a partilha de conhecimento.
Para além da apresentação de dados, o evento foi também marcado por um momento de celebração e reconhecimento. O Observatório das Mulheres instituiu, pela primeira vez, três distinções anuais destinadas a incentivar os esforços pela igualdade de género. As categorias premiadas foram: "Campeã da Resistência", "Jornalista Destemida" e "Magistrado/a Responsável".
Em síntese, o lançamento do barómetro não só providenciou uma fotografia actualizada da condição das mulheres moçambicanas, como fortaleceu pontes de cooperação internacional e inaugurou um mecanismo de reconhecimento para aqueles que se destacam na promoção dos direitos das mulheres no país.

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