Mozal anuncia suspensão da produção de alumínio a partir de 2026 devido a custos energéticos

A Mozal S.A., uma das maiores fundições de alumínio da África Austral, anunciou a suspensão das suas operações em Moçambique a partir de 15 de março de 2026. Esta decisão estratégica, tomada após meses de avaliação, deve-se à falta de energia elétrica a preços competitivos – um factor considerado essencial para a sustentabilidade do processo produtivo e para a competitividade internacional da empresa.

De acordo com Samuel Samo Gudo, Presidente do Conselho de Administração da Mozal, a empresa realizou diversas tentativas de negociação com os fornecedores de energia, no entanto, sem alcançar um acordo viável. A situação tornou-se ainda mais crítica devido à redução da capacidade de geração da Hidroelétrica de Cahora Bassa, impactada pela seca prolongada. Consequentemente, a Mozal viu-se obrigada a recorrer a fontes alternativas, como a sul-africana Eskom, cujas tarifas são significativamente mais elevadas. Perante este cenário, a direção decidiu não adquirir matérias-primas adicionais para além de março de 2026.

Sem dúvida, a suspensão das actividades representa um duro golpe para a economia moçambicana, com impacto direto nas receitas fiscais, na manutenção de postos de trabalho e nos investimentos associados ao sector. Ao longo de 25 anos, a Mozal teve um papel fundamental no crescimento industrial do país, nas exportações e em acções de responsabilidade social. A empresa assegura, contudo, estar empenhada numa transição responsável, que respeite os direitos dos trabalhadores e as comunidades vizinhas. Por fim, a Mozal mantém-se aberta ao diálogo com o Governo na busca por possíveis soluções.

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