
Pela primeira vez em Salvador, o visionário estilista moçambicano King Levi apresenta a força e a sofisticação da moda contemporânea do seu continente. O evento Fancy África Brasil acontece no dia 30 de novembro, integrando a programação do consagrado Festival Feira Preta, no espaço Docas 1, no Comércio. Trata-se de um pocket desfile que reúne marcas autorais de diversos países africanos, coroando as celebrações do Novembro Negro na capital baiana com uma amostra vibrante e inovadora da produção fashion feita em África.
Um Reencontro de Ancestralidades
Salvador, reconhecida globalmente como um dos territórios mais pulsantes da diáspora africana, será palco de um encontro simbólico e potente. O Fancy África Brasil promove o retorno, em forma de criação contemporânea, de estéticas, gestualidades e narrativas que ajudaram a moldar a própria identidade cultural da cidade. Dessa forma, o projecto aprofunda este diálogo ancestral e o projecta para o futuro, impulsionando a moda afro-brasileira ao fortalecer e dar visibilidade a estilistas, maquiadores, trancistas e outros profissionais que constroem, diariamente, um repertório estético alinhado às suas matrizes.
Um Panorama da Moda Africana Contemporânea
Para materializar essa conexão, uma comitiva de estilistas e modelos africanos desembarca em Salvador, apresentando ao público um panorama diverso da moda actual. Marcas como Xigubo, Camila Kutsura, Abi Creations, Bravaas, Ilda Versátil, Puntz Wear e T’sava By Ancha compõem a selecção, acompanhadas pelos brasileiros Rey Vilas Boas e Tia Ró Fuxiqueira. Cada peça no desfile carrega camadas de narrativas, técnicas artesanais e repertórios culturais que afirmam, inequivocamente, a sofisticação, a inovação e o potencial económico da moda africana – que, cada vez mais, consolida sua posição como referência global.
Quebrando Estereótipos Através da Criatividade
Realizado em parceria estratégica com a Feira Preta, o projecto inaugura uma nova rota de circulação criativa e empreendedora entre territórios que partilham histórias e ancestralidades. Para King Levi, no entanto, o desfile é também uma missão de reconexão. “Sabemos que a Bahia vive a moda afro centrada, mas é uma moda que os negros baianos idealizaram de África. A minha intenção é mostrar, de facto, o que é a moda africana hoje”, explica o diretor criativo. “Existe uma visão distorcida do continente, frequentemente associada apenas à miséria. O Fancy África nasce justamente para romper com esse estereótipo. Queremos revelar uma África de realeza, de luxo, de criatividade. É através da moda que vestimos essa ideia. Estou aqui para mostrar que é possível, porque nós somos o ouro, com a nossa inteligência e criatividade.”

Politica
2025-12-18

Politica
2025-12-18

Economia
2025-12-16

Politica
2025-12-16
Sociedade
2025-12-16
Copyright Jornal Preto e Branco Todos Direitos Resevados . 2025
Website Feito Por Déleo Cambula