“Quando gostamos de fazer algo te mos que correr atrás” Considera Fumo Ex praticante de futebol, começou a praticar quando tinha apenas 15 anos, jogou primeiro no Ferroviário de Maputo, anos depois jogou no Clube de Zixaxa, também jogou no Clube Costa do Sol onde terminou a sua carreira em 2014.
Júlia Paulo Fumo, natural de Maputo disse a nossa reportagem que teve uma infância tranquila, com muitos desafios porque gostava de praticar a actvidade física, num ambiente em que a maioria dizia que futebol não, pelo menos praticasse educação física, mas a conceituada treinadora tinha uma paixão tão grande pelo futebol tendo persistido até conseguir entrar num dos clubes. Nessa altura viva com o irmão mais velho á quem pediu a permissão para aderir tendo aceite e recomendado que de via incluir a escola como prioridade sine qua non, lembra-se de ter levado avante as recomendações até se formar e agora para além de ser treinadora é professora de educação física desde 2005, Ao longo do período em que pratica va futebol enfrentou vários desafios tendo em conta que outrora o futebol feminino era meio estranho para os demais, porque algumas pessoas apoiavam e outras não mas naquela altura em que jogava poucas pessoas que se interessavam-se, futebol era considerado uma modalidade para homens mas enfrentou tudo pelo “amor” persistiu tendo atingido alguns patamares, agora faz parte da equipa técnica da seleção feminina, entrou na Federação Moçambicana de Futebol em 2018, depois de ter frequentado uma formação de preparador físico, notaram que tinha certo potencial por isso solicitaram para ser selecionadora adjunta e, de lá para cá tem trabalhado como adjunta selecionadora e selecionadora nacional da seleção feminina sub-17 Não tem sido vitima da exclusão social a sociedade tem apoiado bastante, nota que quando abraçou muitos diziam que uma mulher não era capaz, mas nesta altura muita gente aparece a apoiar e de certa forma valorizam, numa altura em que é adjunta da equipa sénior, sub-20 e selecionadora nacional da seleção sub-17 sente-se tranquila, não tem havido estereotipo de género que é homem ou mulher temos feito um trabalho colectivo, uma verdadeira equipa técnica em harmonia que me deixa confortável. “Devo considerar que tem sido muito fácil para mim porque conheço muito bem o futebol feminino, afinal antes fui uma praticante, são vários desafios que enfrentei e acredito que as meninas continuam a enfrentar, mas da forma diferente porque a sociedade e os pais têm apoiado”
Para este tipo de cargo tem tido varias deslocações a nível nacional e internacional, mas admite o incondicional apoio familiar o que tem contribuído bastante no seu desempenho, isso acontece desde a altura em que era praticante de futebol, estudava e agora é trabalhadora continua benefciando deste apoio familiar que desde já agradece
Disse ainda que a pouco tempo participou no torneio COSAFA com a seleção feminino sub-17, tendo avaliado positivamente nota que esta aparição foi pela primeira vez a participar nesse tipo de escalão, na pri meira fase disputou três jogos e teve três vitorias, isso nunca havia acontecido antes nem com as seniores ou mesmo com ás sub-20 então é uma seleção que promete e contamos com essas jovens. “Levavamos uma media de quase 60 a 70% meninas 13, 14 a 15 anos e se calhar 25% com meninas de 16 anos então isso significa que na próxima edição ainda contamos com essas meninas que de certa forma ganharam uma experiência (…) com seniores e sub-20 não conseguimos chegar lá mas já está a se verificar um trabalho notável o que significa que há aqui uma certa evolução naquilo que é o futebol feminino é só continuarmos a trabalhar e contamos com as mesmas meninas, para além de participar na próxima edição algumas iram alimentar a seleção sub-20 da mesma forma que a seleção sub-20 irá alimentar a seleção sub-17”.
Considerou ainda que o grande de safio que tem enfrentado principal mente nessa categoria de sub-17 é a formação da própria seleção, visto que aqui em Moçambique não temos o campeonato nesse escalão, só tem apenas em escalão único que é sénior dai que algumas meninas são obrigadas a jogar na seleção sénior, algumas sem oportunidade de certa forma para formar na seleção isso tem sido um desafio.
Admitiu ainda que para atrair as meninas a praticar o futebol isso já esta a acontecer com a visibilidade das actividades da vasta na comunicação social que de certa maneira despoleta na consciência de muitas, alegra também aos próprios encarregados que de certa forma eles conseguem ver que afinal de contas esse assunto é serio, graças a comunicação social que de certa forma tem difundido as nossas realizações.
Por fim gostava de dizer a todas mulheres para que nunca desistam dos seus sonhos, nada vai cair do céu temos que andar atrás, tudo é possível quando gostamos, quando gostamos de fazer algo temos que correr atrás, é lá onde havemos de aprender mais, vamos cair sim, vamos levantar e sempre com cabeça erguida e em algum momento havemos de ver que no afinal de contas é possível e esperarmos que um dia alcancemos os nossos sonhos e nunca desistir.
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