
Directamente do Porto, em Portugal, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, dirigiu-se esta terça-feira ao povo moçambicano para, em nome da nação, expressar profundo pesar pelo falecimento de Feliciano Gundana. Herói nacional e um dos fundadores históricos da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a sua partida foi classificada pelo Chefe de Estado como “um momento de grande tristeza para Moçambique”.
Ao iniciar a sua comunicação, o Presidente Chapo confessou ter recebido a notícia “com muita tristeza e consternação”. De seguida, destacou o contributo decisivo de Gundana para a luta de libertação que culminou na independência, a 25 de Junho de 1975. “Foi graças a ele, junto a outros fundadores da Frente de Libertação de Moçambique”, afirmou, sublinhando que o veterano esteve entre os arquitetos da identidade nacional.
O Governo e a FRELIMO, garantiu o estadista, acompanharam de perto o processo de doença do histórico dirigente, assegurando-lhe assistência médica tanto dentro como fora do país. Ao estender as condolências, Chapo dirigiu-se não apenas à família enlutada, mas a toda a FRELIMO e a todos os moçambicanos, afirmando que o luto é verdadeiramente nacional, atingindo cidadãos “do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Índico e na diáspora”. Reforçou, de forma emblemática, que Gundana foi “praticamente, um fundador da pátria”.
Relativamente aos preparativos finais, o Presidente informou que estão em curso contactos com a família para definir a data e os moldes das cerimónias fúnebres. Assegurou que o Estado prepara um funeral de nível nacional, recordando a tradição de que os heróis nacionais repousem na cripta dedicada a eles, salvo vontade em contrário.
Ao traçar o perfil do homenageado, Daniel Chapo descreveu Gundana como “um grande homem de valores não só humanos, familiares, mas, sobretudo, valores patrióticos”. Enalteceu, ainda, o seu incansável empenho na defesa da unidade nacional, da paz e da reconciliação, e a sua constante luta por um Moçambique desenvolvido, onde o bem-estar alcance todo o povo.
Para ilustrar a sua dedicação até ao último momento, o Presidente recordou que, mesmo debilitado, Gundana marcou presença no lançamento do Diálogo Nacional Inclusivo, em setembro, e participou activamente em diversos eventos partidários e estatais. A sua extensa carreira ao serviço da nação foi também evocada, incluindo os cargos de governador de Nampula e de Inhambane, além de outras funções exercidas antes e depois da Independência.
Num tom de reconhecimento íntimo, o dirigente moçambicano referiu-se a Gundana como “um homem humilde, trabalhador, patriota e sempre a pensar no povo moçambicano”, considerando a sua morte “uma perda irreparável”. Frisou, por isso, a necessidade de o Estado e o povo preservarem e promoverem os valores que o veterano defendeu ao longo da vida.
A concluir a sua mensagem de homenagem e de chamamento à acção, o Presidente Daniel Chapo afirmou que a memória de Gundana deve servir de inspiração colectiva: “Esta tristeza que nos abala neste momento é uma tristeza que tem que servir de fonte de inspiração para continuarmos a trabalhar para desenvolver o país”. O seu legado, finalizou, permanece indissociavelmente ligado aos pilares da soberania, da paz, da reconciliação, da unidade nacional e aos valores sagrados da independência.

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