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A liberdade reprodutiva continua a ser um direito limitado para a maioria das mulheres em Moçambique. Apenas uma em cada três mulheres tem poder de decisão sobre a sua saúde sexual e reprodutiva, revelou o Relatório sobre o Estado da População Mundial 2025, divulgado esta semana na capital do país.
O relatório, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), mostra que, apesar dos avanços em alguns sectores da saúde, educação e género, persistem fortes barreiras sociais, culturais e económicas que impedem as mulheres moçambicanas de decidirem livremente sobre questões como o uso de contraceptivos, o número de filhos que desejam ter e o espaçamento entre gravidezes.
A taxa de fecundidade em Moçambique permanece elevada, situando-se nos 4,9 filhos por mulher, valor que ultrapassa significativamente a média mundial, que se encontra entre dois e três filhos. Especialistas alertam que esse cenário poderá intensificar os desafios relacionados com o desenvolvimento sustentável, agravando os níveis de pobreza, insegurança alimentar e pressão sobre os serviços públicos, como saúde, educação e habitação.
De acordo com projecções demográficas, Moçambique poderá atingir os 60 milhões de habitantes até 2050. Perante este crescimento acelerado da população, académicos e instituições nacionais sublinham a importância de investir na saúde sexual e reprodutiva como factor-chave para o progresso social e económico do país.
A Universidade Eduardo Mondlane, em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística, tem vindo a realizar estudos e acções de sensibilização para promover políticas públicas que garantam maior acesso à informação, planeamento familiar e serviços de saúde de qualidade.

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