Funcionários do Conselho Municipal de Xai-Xai mantêm greve após reunião sem consenso com a edilidade

Os funcionários do Conselho Municipal da Cidade de Xai-Xai decidiram prolongar a greve iniciada na passada quinta-feira, após uma reunião realizada esta segunda-feira com a edilidade que não trouxe respostas concretas às suas reivindicações. Mais de 330 trabalhadores participaram no encontro, mas saíram desiludidos, considerando a reunião falaciosa e demagógica. Entre as principais queixas estão a falta de implementação da Tabela Salarial Única (TSU), perseguições a quem reclama das condições laborais, transferências arbitrárias, represálias e expulsões injustificadas.

Os grevistas apontam críticas à vereadora das Finanças, Cláudia Eli, que consideram representar o comportamento que contribui para o mau ambiente de trabalho. Exigem o seu afastamento, assim como o de outros vereadores, por alegado boicote às soluções reclamadas. Enquanto não forem apresentadas respostas eficazes, a greve continuará, com os funcionários a defenderem que as suas preocupações devem ser levadas a sério, lembrando que são eles os pilares do funcionamento do município.

A paralisação de mais de 480 funcionários e trabalhadores sazonais já tem impactos visíveis na cidade, como o aumento de lixo acumulado ao longo da Estrada Nacional Número Um. Os moradores da zona alta mostram-se preocupados com os riscos à saúde pública provocados pela situação. 

 O presidente do município, Emídio Xavier, reuniu-se com os funcionários, mas abandonou o local sem prestar declarações. Está previsto um novo encontro para o mês de Setembro, mas os trabalhadores exigem medidas imediatas, incluindo o afastamento dos vereadores que consideram um entrave à implementação da TSU.

 Esta é a segunda vez que os funcionários do município de Xai-Xai cruzam os braços, numa tentativa de pressionar a edilidade a cumprir com as suas obrigações. A greve mantém-se sem data para o seu fim, enquanto se aguarda por soluções efectivas.