
Nosso convidado de hoje chama-se Dr. João Feijó, conceituado Investigador moçambicano que fala dos contornos do processo eleitoral e pós-eleitoral em Moçambique tendo dito o seguinte, que a geografia do voto em Cabo Delgado não é homogénea, no planalto Maconde a Frelimo ganhou com uma esmagadora maioria da votação com resultado acima de 80%. Estas eleições não foram muito longe que isso apesar de ter baixado um pouco, depois na zona da Costa e na zona Sul á Frelimo costuma ter mais dificuldades. O que aconteceu nestas eleições é preciso ainda compreender porque razão na zona Sul como Pemba, Montepuez, zonas que por exemplo Venâncio Mondlane tinha tido uma grande adesão popular durante as campanhas, os resultados não se fizeram sentir nas urnas e há suspeitas de viciação dos resultados sobre tudo em Pemba e Montepuez onde em muitas urnas de votos há evidencias e testemunhos de que durante a contagem ‘’VM7” estava a frente mas depois da contagem os resultados são invertidos , ainda é preciso com parar editais com editais da oposição e compreender os resultados.
O investigador falando a DW disse que Cabo Delgado é tido como um dos redutos da Frelimo, com a exclusão so cial principalmente dos jovens, teria mudado a tendência de voto. Lá está que Cabo Delgado é muito heterogéneo, uma coisa é o Planalto e outra coisa é uma zona da Costa maioritar iamente uma zona Muçulmana que vota na oposição e a outra coisa é a zona Sul de Chiúre, Namuno, Pemba que vota na oposição. O que sentiu o investigador ao longo das suas viagens de campo em Montepuez, Palma, Mocímba, Mueda e Pemba sentiu que havia uma saturação do tecido social sobre tudo nas zonas afectadas pelo conflito armado, as pessoas estavam profundamente desgastadas pela escassez da ajuda humanitária por problemas na distribuição, injustiça, por estar a vários anos deslocados a sofrer consequência da privação de bens essenciais, tudo indicava que iam descarregar nas eleições, que iria diminuir a adesão a Frelimo.
Ha zonas por exemplos em Namannhumbir que foram afectadas pela expulsão dos mineradores artesanais nessas zonas as evidencias que me vão sendo partilhadas é que “VM7” ganhou nessas zonas não sei se os editais que foram contabilizados pela CNE traduzem isso. Uma coisa estranha que merecia ser estudado em Mocímboa da Praia onde que a Frelimo e Chapo vencem com uma larga maioria era um dos bastiões da oposição, ganha va sempre nos bairros mais costeiros, era preciso estudar isto. Porque o que me dizem as pessoas locais, os membros da Renamo deixaram de o fazer e passaram á aderir e apoiar ao Podemos e então destruíram as bases da Renamo, nenhum candidato da oposição fez campanha em Mocímboa o que levou as pessoas a apoiar Chapo e a Frelimo e toda aquela base de apoio da aposição não foi votar e a abstenção é muito elevada. Muitos não votaram por falta de apoio humanitário e há motivos sociais, que a PGR devia investigar.
Podia acreditar na vitoria do “VM7” e Podemos em Cabo Delgado nos principais centros urbanos: Pemba, Montepuez, Chiúre tenho duvidas nas zonas do Planalto, não obstante hoje ter mais apoio que antigamente a oposição, tenho duvidas nas zonas rurais mais recônditas onde não tenho a certeza se a mensagem do “VM7” que circula sobre tudo através das redes sociais que tenha chegado por falta de acesso a rede, energia nas zonas urbanas e obvio que a juventude que vive do informal, mais escolarizada que já terminou o ensino secundário ou até o ensino superior que hoje vive do desenrasca é obvio que entre essa juventude “VM7” é bastante popular. Quanto as manifestações convocadas pelo “VM7” a população de Cabo Delgado podia responder satisfatoria mente na sua opinião, “eu acho que tem ali um potencial em algumas zonas para as pessoas se mobilizarem nesse sentido se houver um líder que ás mobilize, agora normalmente a resposta costuma ser violenta e as pessoas têm receio de ariscar. Tudo vai depender da agitação se for feita nas redes sociais, tudo vai depender de vários incidentes que poderão infla mar, este comportamento da juventude, agora há aqui duas reticencias que a população tem que resulta da actuação das forças policiais serem geralmente violentas e as pessoas não têm como se proteger e em se gundo lugar as pessoas têm medo um dia de greve é um dia sem rendimento, é um dia de fome em casa. Há uma saturação na população, há uma vontade nas pessoas de mudar, houve expectativas que foram criadas e o nível da fraude em alguns casos a ideia que foi descarada, gera uma insatisfação não será tanto em Cabo Delgado que existe esse risco, mas sobre tudo em Nampula cidade, Nacala, Quelimane, Zambézia e, na cidade de Maputo não tanto em Cabo Delgado onde há mecanismos de controlo, onde a população não tem uma atitude de confrontação”.

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