
Na linha da frente do dia a dia, motoristas, motoqueiros e comerciantes partilham as suas principais preocupações e exigências para um processo eleitoral mais credível.
Num esforço contínuo para auscultar a população, a equipa da Plataforma Decide prossegue com as sessões de escuta comunitária do Diálogo Nacional Inclusivo, que decorre em todas as três regiões do país. O objetivo é claro: levar a voz das ruas para o centro do debate político. E essa voz pede, acima de tudo, seriedade e mudanças concretas.
Na Paragem de Passagem de Nível (Manga) o cansaço com processos eleitorais que “não dão em nada” é unânime entre motoristas e cobradores. Apesar de elogiarem a iniciativa do diálogo, a sua exigência é por ações, não apenas palavras. As suas propostas são específicas:
Implementação de eleições eletrónicas, vistas como uma forma de reduzir conflitos e o roubo de votos;
Divulgação dos resultados num prazo máximo de 48 horas, um contraste gritante com os 15 dias atuais, para garantir transparência;
Redução da idade mínima para candidatura à Presidência da República;
Isenção de professores nas mesas de voto, sugerindo uma reavaliação do seu papel no processo.
Já os motoqueiros centraram o seu apelo nas políticas para a juventude. O pedido de melhores oportunidades de emprego foi a prioridade, sublinhando a necessidade de investir no futuro das novas gerações. Paralelamente, apelaram a um diálogo permanente entre os líderes políticos, considerando-o fundamental para evitar a violência pós-eleitoral.
Nos Mercados da Munhava (Central e Matxipisse), a palavra de ordem entre os vendedores foi transparência. No entanto, as suas experiências levantam sérias preocupações sobre a integridade do processo. Os relatos apontam para:
A atuação de alguns agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), acusados de práticas como o transporte indevido de urnas e a permanência dentro das assembleias de voto, ações que minam a confiança no sistema.
Os recorrentes cortes de energia da EDM durante a contagem de votos, fenómeno visto com suspeita e identificado como um potente gerador de tensão e desconfiança.
Esta ronda de escutas demonstra que, independentemente da profissão ou localidade, o anseio por um processo eleitoral íntegro, transparente e eficaz é uma causa comum. O desafio lançado aos políticos é que este diálogo se traduza em resultados palpáveis, respondendo ao clamor popular por credibilidade e paz.

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