
Há exactamente um ano, o escritor moçambicano Luís Massango lançou Babalaze, sua primeira obra literária, que rapidamente conquistou leitores com uma abordagem singular: uma colectânea de crónicas sociais que retratam o quotidiano moçambicano com humor, ironia e, sobretudo, uma sinceridade desconcertante. Ao longo das páginas, Massango transforma situações corriqueiras, desde a política local às pequenas tragédias urbanas, passando pelos hábitos da população, em observações perspicazes que fazem rir, pensar e, muitas vezes, reflectir sobre os paradoxos da nossa sociedade.
O sucesso de Babalaze não se mede apenas em vendas, mas sobretudo na recepção calorosa do público e da crítica. Ao explorar temas sociais de forma leve, o autor conseguiu criar uma linguagem acessível, sem perder a densidade crítica, capturando a atenção de jovens e adultos que se vêem reflectidos nas histórias contadas. Cada crónica é uma lente sobre o dia-a-dia moçambicano, revelando, com humor, o lado absurdo e, por vezes, dramático da vida em sociedade.
A primeira obra de Massango abriu caminho para um segundo lançamento, A Tabuada do Amor, que chegou às livrarias ainda este ano. Se Babalaze chamou atenção pelo retrato social bem-humorado, A Tabuada do Amor aprofunda-se nas relações humanas, nas pequenas e grandes nuances do amor contemporâneo, confirmando o talento do autor em traduzir sentimentos e situações complexas em narrativas envolventes e acessíveis. A receptividade desta segunda obra, somada à paixão crescente pelo trabalho de Massango, indica que o autor vem conquistando um espaço sólido no panorama literário moçambicano.
O aniversário de Babalaze é, portanto, mais do que uma simples efeméride. É um marco da emergência de uma nova voz na literatura nacional, alguém capaz de dialogar com o leitor de forma directa e divertida, ao mesmo tempo que denuncia e questiona aspectos da sociedade. Entre as crónicas, encontramos descrições do trânsito caótico, dos hábitos de consumo, das pequenas corrupções do dia-a-dia, e até da forma como lidamos com a modernidade e a tradição. Tudo isso com uma pitada de humor que torna a leitura não só agradável, mas também profundamente reflexiva.
Massango revela-se, assim, um observador atento do seu tempo, capaz de transformar banalidades em narrativa literária. A passagem do primeiro aniversário de Babalaze oferece uma oportunidade para revisitar essas crónicas, celebrar a criatividade do autor e reconhecer o impacto de suas reflexões sobre a sociedade moçambicana. É um convite a leitores, críticos e entusiastas da literatura a acompanhar a evolução de um escritor que promete ainda muitas surpresas, consolidando-se como uma referência da escrita contemporânea em Moçambique.
Babalaze continua a ser mais do que um livro; é um espelho bem-humorado da sociedade que nos rodeia, e o aniversário de sua publicação é a prova de que histórias, quando bem contadas, têm a capacidade de atravessar o tempo e permanecer vivas no imaginário colectivo.
Enquanto os bares não fecham, caso para dizer até breve babalaze 2.

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