Paulo Vilanculo"
No dia 7 de setembro, Moçambique evocou um dos marcos mais importantes da sua história, o dia da assinatura dos Acordos de Lusaka em 1974, que abriram caminho para a independência nacional, proclamada a 25 de Junho de 1975. Na cidade da Beira, considerada um dos palcos vivos da mobilização popular, a data foi celebrada com espírito de união, paz e esperança no futuro. A Beira mostrou mais uma vez que a vitória não é apenas lembrança, é vida contagiante que continua a pulsar. As ruas ganharam cores de festa, com bandeiras desfraldadas e sons de cânticos que resgatam a memória da libertação. Famílias, jovens estudantes e veteranos de guerra juntaram-se em diferentes pontos da urbe para recordar o significado da vitória conquistada através do sacrifício e da determinação do povo moçambicano. O som dos cânticos ecoou como prece e como promessa de nunca se esquecer as raízes da liberdade, mas também nunca desistir de regar o presente.
O momento mais marcante foi o caloroso encontro entre o Governador de Sofala, Lourenço Bulha, o Edil da Beira, Albano Carige, e o Secretário de Estado, Manuel Rodrigues. Entre sorrisos, apertos de mãos e abraços fraternos, os três governantes mostraram-se como verdadeiros filhos da mesma pátria amada e demonstraram que a vitória de ontem só faz sentido quando há união hoje. Nos seus abraços e olhares confiantes, ergueu-se um sentimento comum: o de que a paz é a mais doce das conquistas e a democracia que é o caminho que dá voz ao povo. Um gesto simples, mas profundo, um sinal de uma cidade politicamente alegre e com horizontes de prosperidade que confirma que quando há unidade e respeito mútuo, a vitória do passado transforma-se em esperança viva para o futuro e transmitiu confiança e renovou a esperança de que Moçambique só pode avançar quando os seus líderes caminham juntos, lado a lado com o povo.
No rosto dos beirenses, havia emoção e gratidão, mas também a certeza de que o futuro só será vitorioso se todos caminharem lado a lado. Para muitos beirenses, a celebração não foi apenas uma homenagem ao passado, mas também um apelo ao presente: a necessidade de consolidar a democracia e fortalecer a paz, valores que nasceram da luta contra a dominação colonial. “O 7 de setembro lembra-nos que a liberdade não foi um presente, mas sim uma conquista feita com suor e sangue. Hoje, a nossa missão é honrar essa herança, construindo um país mais justo e unido”, afirmou um veterano ouvido pela reportagem.
Com gestos simples, desde marchas simbólicas até atividades culturais, os beirenses mostraram que o Dia da Vitória continua a ser um símbolo de identidade coletiva e de compromisso com o futuro. Entre a memória das lutas e o sorriso que expressa confiança na democracia, a celebração reafirmou o papel da Beira como espaço onde a história e a esperança caminham lado a lado. O 7 de setembro não foi apenas memória, mas sim uma alegria estampada nas ruas e nos rostos humanos banhados no compasso de cânticos entoados ao ritimo escaldante e ondulante vento do Índico, que uniu a celebração retumbante no passado, radiante neste presente e expectante para o futuro, um símbolo da vitória, ontem como hoje e amanhã.
2025/12/3
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