Alberto Mudjadjo"
Durante séculos, milhões de africanos da África subsahariana foram vendidos como escravos no norte de África. Entre 650 e 1800, foram vendidos como escravos mais de 10 milhões de africanos provinientes das terras ao sul do deserto de Sahara, os compradores eram provinientes do Egipto, Sudão, Libia, Marrocos, etc. Muitos testemunhos legitimam este acontecimento histórico, mas a falta de algo escrito sobre esse acontecimento e de estatisticas tornam impossivel saber o número exacto de pessoas envolvidas neste processo histórico. Sem ignorar o tráfico transatlâtico (europeia) que segue durante 4 séculos, considera se que os árabes arrasaram a África subsahariana durante 13 séculos ininterruptos e que a maioria dos homens por eles deportados desapareceu devido ao tratamento desumano e a castração generalizada, com estes factos penso que já devia se ter debatido esse “holocausto ocultado” do tráfico de negros perpetrado pelos árabes-muçulmanos como se faz com o tráfico transatlâtico. È deveras importante trazer esta informação sobre a escravatura árabe, porque é preciso reconhecer que as implosões pré-coloniais inauguradas pelos árabes destróem sem dúvidas os povos africanos, que não tiveram algum intervalo desde a sua chegada, foi uma exploração continua. Como mostra a história, os árabes-muçulmanos estão na origem da calamidade foi o tráfico e a escravatura, que praticaram desde o século VII ao século XX, e do sétimo ao décimo sexto século, durante quase mil anos eles foram os únicos a praticar este comércio miserável, deportando milhões de africanos antes da entrada em cena dos europeus. A penetração árabe na África subsahariana iniciou a era das devastações permanentes das aldeias e as terriveis “guerras santas” realizadas pelos convertidos a fim de obter escravos de vizinhos que eram considerados pagãos. Quando isso não era suficiente, invadiram outros alegando “irmãos muçulmanos” e confiscavam os seus bens. Sob este acordo árabe-muçulmano, os povos africanos foram raptados e mantidos refens permanentemente. Para alguns países da chamada África “branca” existe ainda uma subalternização dos negros por parte dos árabes, pois no inconsciente dos magrebinos esta história deixou tantos vestigios que para eles um “negro” continua sendo um escravo, eles nem podem conceber que os negros estejam entre eles, temos um exemplo claro do que está acontecer na Mauritânia, onde os tuaregues do norte jamais aceitarão o poder negro. De recordar que em França durante o comércio de escravos haviam filósofos que defendiam os negros, enquanto no mundo árabo-muçulmano os intelectuais mais respeitados, como Ibn Khaldun, também eram obscurantistas e afirmavam que os negros eram animais. Nenhum intelectual do magrebe levantou a voz para defender a causa dos negros, por este e vários motivos este “holocusto” assumiu tal magnitude e continua. No Libano, Siria, na Árabia Saudita, os trabalhadores domésticos africanos vivem em condições de escravatura, a divisão racial ainda é uma realidade. Vimos as condições deploráveis que os trabalhadores eram submetidos durante a construção dos estádios para o mundial do Qatar, e várias personalidades sairam em defesa dos trabalhadores, mas nada de relevante se fez devido ao poderio financeiro dessas potências emergentes. Essa subalternização do negro chega até ao racialismo perpetrado pelo judeu que também é considerado como o “negro da europa”, onde afirma categoricamente que não tem nada contra o negro, mas não o quer ver por perto. A escravatura árabo-muçulmana é considerada por alguns como a mais barbara comparada com a escravatura do transatlâtico porque os primeiros decidiram castrar os negros para evitar que se produzissem, foram submetidos a terriveis situações para evitar que se integrassem e implantassem uma descendência nas zonas de chegada. Eram tratamentos terriveis reservados aos cativos africanos desde a castração total, a dos eunucos, eram operações extremamente perigosas. Quando realizada em adultos matou 75% à 80% dos que a ela eram sujeito, a taxa de mortalidade só era menor nas crianças, onde perdia se de 30% à 40% devido a castração total. Hoje em dia a grande maioria dos descendentes dos escravos africanos são na verdade mestiços nascidos de mulheres deportadas para harens. Apenas 20% são negros, essa é a grande diferença com o comércio transatlâtico. Porque um escravo mesmo em condições extremamente màs, tinha um valor de mercado para o dono que o desjava produtivo e com longevidade. Para 9 à 11 milhões de deportados durante essa época existem hoje 70 milhões de descendentes. O comércio árabo-muçulmano de escravos deportou mais de 15 milhões de pessoas que tiveram apenas 1 milhão de descendentes porcausa da maciça castração praticada duante quase 13 séculos. Como diz Fernand Braudel o tráfico de escravos não foi uma invenção diabólica da europa, são os muçulmanos árabes que estão na origem e o praticaram por muito tempo e em grande escala, visto que, se o tráfico ocidental durou de 1660 à 1790, os muçulmaos árabes atacaram os negros do sétimo ao vigésimo século. A questão que não quer calar, por quais motivos fala se tanto da escravatura ocidental e menos se fala da escravatura árabo-muçulmano?2025/12/3
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