Afonso Almeida Brandão"
Depois de Samora Moisés Machel, os (des)Governos do Partido FRELIXO «Chuxalista» de Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyuse, foram os “coveiros da Democracia de Moçambique”. Enquanto Samora Moisés Machel lutou nas matas contra o Regime Facista de Salazar, é bom recordar que ele ganharia a Batalha pela Democracia ao Fascimo em 1974 e 1975, e levou a cabo a Descolonização do ex-Estado Ultramarino de Moçambique nas condições possíveis e abriu a porta de entrada de Moçambique na União Europeia e na África Austral — não esquecendo os PALOPS, quiçá a CPLP —. Chegados aqui é oportuno perguntar: o que nos deixaram os restantes (des)Governos do Partido Socialista da FRELIXO? O amor pela “Educação” de Joaquim Chissano, a “Ferocidade” de Armando Guebuza e o “assalto” ao Erário Público e “às trapalhadas” de Filipe Nyusi? Sabemos que as Verdades custam a ser ouvidas e que dóiem. Samora Moisés Machel, depois de inaugurar as políticas assistencialistas que hoje temos no País, viria a deixar-nos o rendimento mínimo garantido, mas sem a sua consequência natural que seria a formação e a integração no Mercado de Trabalho das Famílias Assistidas. Continuou a Política de Betão e baseou a sua Política Económica na Construção Civil e na fixação das Famílias nas periferias das cidades, de Sul a Norte de Moçambique, a quem prometeu casa própria, a meias com a Corrupção Autárquica originada pela política de Terrenos Agrícolas aprovados para construção. E a seguir veio o triste Legado ao País com os seus futuros sucessores e (des)governantes da FRELIXO tais como Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi, para além de muitos outros “frelimistas” de “meia tigela” de igual calibre, que a maioria dos moçambicanos conhecem bem. No final, estes três ex-Presidentes da República de Moçambique acabariam por nos deixar o pântano em que eles próprios se deixaram atolar. Alguém tem dúvidas desta inquestionável Realidade?!... Todos eles tiveram uma maioria absoluta (aldrabada ou não!) e, essencialmente, aprofundaram o Poder de Corrupção da FRELIXO em negócios com as empresas do Regime, alargou o poder de alguns empresários nos negócios com a intervenção “amiga” do Estado, permitiu o domínio de várias empresas que todos eles vieram a controlar, com a ajuda posterior dos “filhotes” na Economia desastrosa e destruiu no processo algumas das melhores empresas Moçambicanas — de que a MABOR é um exemplo entre tantos —. E tudo isto por nunca terem tido a vigilância do GCCC (Gabinete Central de Combate à Corrupção), ou os sectores do Cimento e Ferroviário, além da falência do sistema financeiro, terminando do descalabro e posterior desaparecimento de umas tantas dessas Grandes e Rentáveis Empresas. E a FRELIXO mais não fez do que deixar a Moçambique «a herança da bancarrota» e de várias ajudas externas de países Europeus e Internacionais como os E.U.A, Japão e China, além da maior dívida da nossa história. Na Economia, manteve a fixação da FRELIXO «Chuxalista» no Mercado Interno, ainda que tenha tentado ligações privilegiadas com Portugal, França, Itália, Alemanhã e Angola, além de acentuar a tentação de Filipe Nyusi com a África do Sul, com o Brasil, agora de Lula da Silva. Serão estes os Mercados exigentes que Moçambique esperava...? Os três ex-Presidentes da República do nosso País, “simpáticos colaboradores” dos (des)Governos da FRELIXO, sempre “magicaram” a sua abertura à Esquerda Comunista e Socialista para ter acesso ao Poder, aprofundando nos seus 50 anos de “poleiro” o domínio da família frelimista sobre as instituições da sociedade à custa do Estado. Além disso, estes três Presidentes não só fizeram asneiras atrás de asneiras como vários desmandos enquanto Chefes de Estado de Moçambique. E isto para não acrescentar a criação de uma rede de protecção na Justiça destinada a anular, ou adiar, as consequências da corrupção, corrupção essa com que tem convivido muito bem com esta gente, sem falarmos no caso das Dívidas Ocultas. A Política Social tornou-se, por pressão destes senhores, a bandeira que este «trio» manteve e continua a manter agora com a sucessão (escandalosa!) de Daniel Chapo de continuar com o País adormecido. E foi por isso que tem contado ainda hoje com “a aldrabada vigarice” no «roubo de Boletins de Voto» com o compadrio do esquerdismo de alguma Comunicação Social afecta ao Partido no Poder, desde 1975, como jornais NOTÍCIAS, DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE, DOMINGO, PÚBLICO, TVM e RM com a confusão gerada pela Pandemia do Covid-19, como os nossos Leitores certamente se recordarão. Na Economia, a FRELIMO sempre viveu “entre vários amores”: as cedências à Esquerda, com efeitos na crescente despesa do Estado; a oportunidade de algumas empresas “amigas” financiarem uma parte relevante da Comunicação Social; uma certa animosidade para com a actividade Privada mais independente do Estado; e, naturalmente, a crescente dependência dos fundos da União Europeia e da Comunidade Internacional. A FRELIXO como Partido Democrático não existe, trata-se de uma máquina eleitoral financiada pelo Estado e por centenas de “amigalhaços”. O Regime Democrático também não, nomeadamente desde que foi aprofundado o sistema de centralismo democrático, em que os chefes escolhem os índios e estes agradecidos elegem o Chefe. Esperamos que “a música” com o surgimento do novo Partido de Venâncio Mondlane, venha a «pôr ordem na Assembleia da República», a dita “casa da Democracia” e também no nosso País... Porque se os Governos da FRELIMO se preocupasse com o Futuro do Povo Moçambicano e com o Crescimento da Economia, aprenderia com o Passado. Se o fizesse teria aprendido que nas última cinco décadas os resultados actuais teriam resultado em três elementos fundamentais: investimento estrangeiro, indústria e exportações. O problema Nacional é que os (des)Governos dos «Chuxalistas» da FRELIXO estudam pouco e sabem ainda menos, sendo que com um Ministro da Economia que é advogado, também não seria de esperar muito mais. Por exemplo, uma das razões adicionais porque a Economia Moçambicana não cresce, deve-se a que não temos uma Economia mas duas: a primeira constituída por empresas modernas, nacionais e estrangeiras, maioritariamente exportadoras, servidas de quadros e de trabalhadores razoavelmente qualificados; uma segunda economia constituída por muito pequenas empresas (90% do total das empresas moçambicanas) que sobrevivem no Mercado Interno sob o efeito devastador do excesso de concorrência e com trabalhadores pouco qualificados, em mercados de rua, feiras, cafés, restaurantes, bares, minimercados, pequenas lojas, Agricultura de subsistência, alguma pesca artesanal e “biscates vários”. Trata-se de uma (?) Economia que sobrevive no Mercado Interno, sem Futuro como Economia Criadora de Riqueza e de Crescimento. É uma Economia de baixas qualificações e de baixos salários, que só se justifica por razões sociais, mas que é urgente transformar, para que a Economia no seu conjunto possa crescer. Estas são as razões porque defendemos que Moçambique precisa de mudar urgentemente de rumo, para evitarmos o suicídio colectivo amanhã. E investir na Educação, na Saúde e na Industrialização. Porque nas circunstâncias descritas estes são os dois elementos transformadores da Economia e da nossa Sociedade. Consideramos essencial reduzir a dimensão da parte pobre da economia de pequenas empresas, através do investimento na Indústria e na criação de empregos melhor remunerados, porque apenas o Sector Industrial poderá absorver os trabalhadores com baixas qualificações em tarefas repetitivas de treino não excessivamente complexo. Em complemento a Educação, nomeadamente das crianças, permite criar as condições de crescimento no médio prazo, de forma a interromper o círculo vicioso da pobreza e da ignorância que hoje alimenta a mão-de-obra da parte pobre da Economia. Claro que tudo isto seria se o Partido da FRELIMO aspirasse ao aprofundamento da Democracia, conhecesse as razões do não crescimento da Economia e estudasse as soluções mais adequadas. O que nunca acontecerá sob a (des)Governação ignorante da grande Família «Chuxalista» de Daniel Chapo e dos interesses que lhes estão associados. AS VERDADES — voltamos a repetir — CUSTAM A OUVIR E DOEM BASTANTE! A BEM DE TODOS PEDIMOS QUE HAJA PACIÊNCIA E MUDANÇAS URGENTES2025/12/3
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