A CORRUPÇÃO EM MOÇAMBIQUE MATA EMPRESAS, MATA EMPREGOS E GARANTE A IMPUNIDADE

Afonso Almeida Brandão"

A quantidade de casos de corrupção na África Austral tem vindo a crescer, não apenas no sector público, mas também nas grandes e médias empresas e nos fundos que proliferam no Mercado de Capitais (incluindo os países que constituem actualmente os PALOP´s). O suceder de casos, amplamente noticiados, acaba por levar ao seu esquecimento, com os vigaristas a beneficiar de prescrições, facilmente obtidas por bons advogados. Mesmo a Justiça não considera estranho que os acusados, arguidos, tenham como pagar advogados tão caros. A Legislação dos países de cultura africana onde podemos incluir a CPLP,  parece que foi feita para proteger criminosos “de colarinho branco” e isto diferentemente do que acontece na África do Sul, país que conhecemos bem,  onde muitos milionários estão na cadeia, após processo de curto prazo.

A situação que Moçambique vive não é muito diferente de outros países africanos. E isto apenas pela sua Economia e pelos volumes envolvidos serem um pouco maiores do que a média. E qualquer “gratificação” inferior a Dez Milhões de Meticais não é considerada grave (para não referir a moeda “apetecida” das “notinhas verdes” que são os Dólares USD).

 O envolvimento da Esquerda «Chuxa-listas» da FRELIMO na Corrupção tem levado a distorções inacreditáveis. Temos o caso flagrande de Celso Correio relativamente à “jogada” que fez com a Caixa Geral de Depósito (CGD) de Portugal, no valor de 60 Milhões de Dólares Americanos. Contudo, como todos sabemos, permanece até hoje por esclarecer... E porque será?

E para rebater outros exemplos temos ainda o escandaloso “caso” das Dívidas Ocultas, que envolveu desvios, roubo e corrupção de diversos Membros do Governo da FRELIMO, com sucessivos julgamentos na tenda da BO, envolvendo conhecidas figuras da nossa Sociedade — um deles o “filhote” de Armando Guebuza, à época, Presidente da República de Moçambique — e que se encontra actualmente na prisão como todos sabemos.

Enfim, é bom referir que a Corrupção em Moçambique tem ganho nos últimos tempos algum espaço nos principais Órgãos de Comunicação Social afecto ao Poder, que não cobram os casos passados, talvez no espírito da cumplicidade, como tudo indica, “oferecendo” o seu “esquecimento” a título duma postura ideológica e de nada relatar aos seus leitores...

Na verdade, o que destrói as economias e os (des)governos da CPLP, quiçá, dos Países que constituem os PALOP´s com Moçambique “à cabeça” —, independentemente dos escandalos que conhecemos —, não é apenas a Corrupção. Podíamos dar mais exemplos de conhecidas Grandes e Médias Empresas que sairam das maiores situações devedoras do País para, em meia dúzia de anos de boa Gestão, serem as mais lucrativas entre algumas das Capitais das ex-Colónias Ultramarinas do tempo Colonial Português, actual PALOP´s — e isto a nivel das mais diversas áreas do sector.

 Mas, o que mata mesmo, inclusive afrontando a Moral, em nossa opinião, é a Ideologia Esquerdista de Partidos como a FRELIXO, em Moçambique, ou do MPLA, em Angola — e isto para referir dois exemplos flagrantes, entre tantos conhecidos — para acrescentar que esta mata inquestionavelmente empresas, mata empregos, corrompe e garante impunidade aos seus e o “nosso” actual Ministro da Economia não sabe, sequer, como vai lidar com a questão, pois anda “às aranhas” com tantos Corruptos “à solta” e em actividade...

Alguém tem dúvidas?

2025/12/3